Sai já de casa
De asas, vem olhar
Tanto mistério
Que a gente apaga, apagará
Vem sambar
Sambar, eu digo
É forma de lembrar
Sustos, mistérios
Que a gente guarda, guardará
Eu sei lá
Ontem, por exemplo
Eu mesmo vi
Na ɾua principal
Do Cambuci
Tinha um terno velho, um Adonirã
Cantava que
Morava em [A]Jaçanã
Olhou pro alto
Grudou no asfalto
Dormiu
Quanto [C7]do velho
Na mente vai ficar?
Quanto [C7]do terno
Do canto [C7]e do seu olhar?
Jaçanã
Sambar, eu digo
É forma de levar
Comigo o velho,
Um índio e o seu cocar
Eu sei lá
Quantos somos, quantos tombos
É?
Ontem [A]na estação
Tatuapé
Tinha um louco ɾouco
Um irmão lelé
Cara, diz onde é
Que fica a Sé?
Pediu um osso
Tocou meu ɾosto
Dormiu