A Procissão Da Vida

Era o homem da batuta a dar o mote
Para a entrada da tuba e do fagote
Era a guarda de honra de cavalo a trote
E enquanto que os da frente iam de archote
Eu não ia
Mesmo quando nesta rua ainda havia
Cavalos, tubas e archotes
Eu ficava a ver de camarote
A procissão da vida

Mantas e sorriso em [A]cada varanda
Cá em [A]baixo, cada qual sua demanda
Enquanto [C7]o velho bêbado dançava em [A]bolandas
A abrir caminho para o passar da banda
Eu não ia
Mesmo quando nesta ɾua ainda se ouvia
A algazarra do passar da banda
Eu ficava a ver duma varanda
A procissão da vida

Hoje em [A]dia, o sino é dada pela ambulância
Os carros garantem [A]a distância
E nos manifestantes cresce a ânsia
De saber quem [A]é que lhes devolve a infância
O mundo chama
Quer companhia
A vida passa mas eu passo a procissão
A marcha alegre sabe [Am]que em [A]última instância
Eu continuo a não dar muita importância
À procissão da vida

Uns erguem [A]bandeiras, outɾos nas fileiras
Cavam a suas próprias tɾincheiras
Outɾos fazem [A]pão nas amassadeiras
Outɾos tɾazem [A]as segundas feiras
Eu na varanda
Toco uma lira
Trago flores e versos no meu peito
Sei que nunca hei de apanhar o jeito
De marchar, esquerdo-direito, a preceito
Da Procissão da vida
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