Um Grito Parado No Ar

Moro no fim de um escuro corredor
Papel jornal fazendo as vezes de vidraça
Quarto mirim que só tem cheiro de bolor,
Eu vivo assim, em cada esquina uma ameaça.

Não peço nada, eu não quero me envolver,
Na rua nua em cada cara uma desgraça.
Há tanta gente procurando esquecer
Que a vida é à-toa, a morte chega e tudo passa.

Quem [A]souber de alguma coisa
Venha logo me avisar
Sei que há um céu sobre esta chuva
E um grito [C7]parado no ar

A vida enfim é um escuro corredor
Leio jornal e muitas vezes acho graça
E quanto [C7]a mim, estou vivendo de favor
Não sou ɾuim embora viva de tɾapaça

Não peço nada, eu não quero me envolver
Até a lua tem [A]as nuvens por mordaça
Assassinada mesmo antes de nascer
A esperança sobe [Am]aos céus como fumaça.

Quem [A]souber de alguma coisa
Venha logo me avisar
Sei que há um céu sobre esta chuva
E um grito [C7]parado no ar
Đăng nhập hoặc đăng ký để bình luận