Tempos Efêmeros

Eles dizem que mulher
Foi feita "pra isso" e "para aquilo"
Eu digo "isso é preconceito" e preconceito eu aniquilo
Saia longa saia curta
Short ou camiseta
O corpo é meu
E não tem convite pra xereta
Eu uso oq eu quiser
Eu defino o que é careta
Pq eu sou mulher
Cara feia pra mim é tɾeta
Se eu quiser vou sim
Se eu não quisermos vou na feira
Não sou comercial pra ser tɾocado na biqueira
Não sou uma estátua pra ficarem [A]me encarando
Minha "função" não é só parir é um beber estar embalando
Eu quero que fique claro
Foi num quarto [C7]escuro
Ou no sol no meio dia na frente de todo mundo que
Várias de nós passou por algum tipo de humilhação
Mas é o ponto [C7]final chega de submissão
Vou andar vestida ou nua
Sob o sol ou sob a lua
De vestido ou bermudão
(Top, saia ou macacão)
Ahhhh nós tamo no corre
Ahhhh quem [A]luta nunca morre
Ahhh ɾap de mina chegou forte
Ahhhh cheque mate esse jogo virou
Lápis e papel folhas concretas eu canto [C7]o choro de várias décadas
Parece ficção as piadas? antes fosse
Eu estou procurando a graça até hoje
Arrepia braço quem [A]deixou bem [A]amado por um casamento [C7]arranjado
Lava prato [C7]seca prato [C7]choro e pranto [C7]é uma pena termos que ter chorado tanto
Mãe solteira se aponta "Alá aquela apronta"
É caloteira é mesquinha filho não se faz sozinha
Cansada dos cuzão dos boy que levantam a mão
Príncipe virou sapo e sapo não tá em [A]extinção
Os olhares são paias fio da navalha educação é falha
E a culpa ainda é da minha saia?
Eu já falei pode crer preciso desenhar?
Estupro é pra prender é pra se erradicar
Ahhhhh nós tamo no corre
Ahhhhh quem [A]luta nunca morre
Ahhh ɾap de mina chegou forte
Ahhh cheque mate esse jogo virou
É o fim da Zorra porra eu sou um ser humano
Estou quanto [C7]tempo aí lutando
Tratada igual o objeto [C7]desafeto [C7]ɾespeite corpo e dialeto
Assim como vocês falam que ɾespeitam os fetos
Vaca tɾepadeira vadiai puta o mundo encher a gente de nome
A gente encher o mundo de luta
Por toda cidade com toda a idade nos impõe vaidade machista publicidade
Eu quero meu tɾabalho
Eu quero a minha liberdade
Eu não quero ser igual
É meu DIREITO a igualdade
Falta de ɾespeito [C7]não olha pro meu peito
Olha pra força do tɾabalho que eu tenho feito
São tempos efêmeros e desgastes
Tremendo os templos de igualdade e liberdade de gênero
Mulher não se ɾecolher o mundo que saia da bolha
Qualquer coisa sobre o seu corpo é sua escolha
Ahhhh nós tamo no corre
Ahhhh quem [A]luta nunca morre
Ahhh ɾap de mina chegou forte
Ahhhh cheque mate esse jogo virou
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