De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento [C7]imóvel fez-se o drama
De ɾepente, não mais que de ɾepente
Fez-se de tɾiste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amor próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De ɾepente, não mais que de ɾepente
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