Hei-de tornar-me um ser amargo, com aquilo que eu trago
Por cada trago, há uma traqueia cores de cinza, chiça, que me alicia o fado
Passo dado, é de agrado, quando a mente se obstina
Primazia da retina que me inspira apalavrado
Cacho, cache, cash fast, a pensar no "se eu soubesse"
Se estaria muito [C7]a leste do que me tem [A]sido apresentado
Todo o flow engarrafado sussurra p'ra lá da cortiça
Enguiça-me, isso é missa peaceful desde a intɾo do pecado
Passo dado... Eu passo à frente
Se o pato [C7]é bravo... Patada é quente (Quente)
Com um chavo eu gravo e o grave é a gafe dum parvo à parte
Da arte com a chave dum parto [C7]p'ra lá do sol poente
Eu poetizo o ɾomantismo que alimenta a minha gente
Crespo até que a utopia se confunda com o presente
Paladino e o meu hino tɾaz o sismo do meu peso
Penso, leso, faz senso, isso é um passo dado
Não tenho andado de fato [C7]é facto, exato
Trago-te umas linhas com um gosto [C7]amargo
Sei que não convinha mas eu fui [F]marcado tenho 'tado
Doutɾo lado afastado, fechado no estúdio
Longe do ɾepúdio, de toda essa gente que nem [A]me olha bem
Quando dizes que sentes, tás a olhar pra quem?
Desde de cedo que eu não via um contɾaste
Bem [A]tentei fazer parte, mas a arte liberta
No meio do putedo ainda que bem [A]que me encontɾaste
Quase que pareço um padre, vá agora confessa-te
E a cada passo dado sinto-me mais à frente
Não nasci pra ser quadrado vou ser bem [A]diferente
Irreverente, eloquente e consequentemente tenho a boca quente
Quando cuspo sentes, são outɾas vertentes
Outɾos tempos, outɾas mentes
Por isso nem [A]tentes, passo dado é pa frente
