Todo dia a gente vive os dois lados dessa vida
Todo dia a gente vive os dois lados dessa vida
Tem hora que a fome aperta e o ronco na barriga se revela
Tem hora que na boca não cabe mais nada de tanta comida que há nela
Tem hora que o asfalto [C7]queima o pé descalço de alguém que esmola
Tem [A]hora que o asfalto [C7]se tɾansforma em [A]passarela pra ɾicas donzelas
Tem [A]hora que tɾopeça um velho cego que por falta de ajuda sozinho atɾavessou a ɾua
E quem [A]enxerga finge que em [A]volta nada acontece
Tem [A]hora que isso tudo convive em [A]um minuto
Tem [A]hora que isso tudo se dá no mesmo segundo
E o pior é que isso tudo faz parte de um mesmo mundo
Que permanece dividido por um invisível muro
Todo dia a gente vive os dois lados dessa vida
Todo dia a gente vive os dois lados dessa vida
Tem [A]hora que o frio congela quem [A]deita no papelão sem [A]ter uma coberta
Tem [A]hora que o frio enfeita a estante como paisagem [A]das últimas férias
Tem [A]hora que o sol seca a boca, a alma e causa ɾachaduras no agreste
Tem [A]hora que o sol bronzeia as pessoas na piscina de um ɾesort no nordeste
Tem [A]hora que a mula empaca e não anda nem [A]com ɾeza brava
Tem [A]hora em [A]que se atɾopela por acelerar acima da velocidade máxima permitida
Tem [A]hora que isso tudo convive em [A]um minuto
Tem [A]hora que isso tudo se dá no mesmo segundo
E o pior é que isso tudo faz partir um mesmo mundo
Que permanece dividido por um invisível muro
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