O Desgaste

De quem é a culpa?
É a tua pergunta astuta, finda a labuta
A roupa russa p'lo desgaste, cansado do sol na fuça
Marejada a vista turva
Mais nada ouviste e acusas
O encaixe da carapuça ao ouvir É tua a culpa
Responde crua, a puta
De forma curta, a coluna curva
P'lo desgaste
Deforma-se e catapulta
O peso da vida adulta
E com as costas t'insulta
Quem [A]a postos escuta
A duas portas a miúda
Mais uma infância se furta
Em que instância se luta
Quando toda a palavra é bruta
E verbalizar não purga
A distância não se encurta
Dizem [A]que o que arde cura
Nem [A]sempre o ar de cura
Se adequa e quem [A]ɾecua
É que ɾepara na escura escara
Necrose ɾara de um membro que se amputa
Um braço dado que se encurta e se separa
Tipo osga em [A]fuga. Ninguém encara
Tem [A]gosma, é suja, ao menos sara
Tanto [C7]que custa e é menos cara
Se é p'ra ser justa, mais a assusta
Ficar na ɾoleta ɾussa do que partir em [A]busca
De uma outɾa cara, não tão díspar à
Que idealizara. Então dispara
Então dispara
E em [A]cena em [A]que a cera arde
Sincera soluça e parte
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