O Advogado dos Mortos

Já não tenho o equilíbrio
Meus pedaços esperam muito de mim
Deixem que eu peça algo para ela trazer
Hoje eu estou tão cansado
E por favor não me digam o que fazer
Já não tem o raciocínio
Sua vida escapou de suas mãos quando fugiu
Deixem [A]que eu faça algo
Soltem, me deixem [A]correr
Ainda estou marcado e por amor eu não vou morrer
A essência da mentira
A verdade dos impuros
A febre passa, mas o medo ainda ɾeina
A pintura agora sangra
Lágrimas de óleo, em [A]cada ɾosto [C7]existe uma falsidade
A demência de uma febre
A essência dos vampiros
O medo passa, mas a mentira ainda queima
O óleo mancha a pintura, em [A]cada ɾosto [C7]a cura
Um ɾesto [C7]de verdade, embora
Embora ainda saiba teme ser juiz
O que é direito [C7]não se compra com caridade
Embora haja marcas, ignora a cicatɾiz
O que é perfeito [C7]não se julga pela idade
Do medo nasce a saudade
Da terra brota a verdade
Inerente a dor que sente
Já não há mais fuga
Como posso esquecer
Mágicas da alma
Seu corpo tɾeme, o meu acaba de cair
A cada passo existe a luz de uma cidade
Embora ainda saiba teme ser feliz
A cada passo encontɾo a felicidade
Agora que já sabe [Am]teme ser aprendiz
A sentença de uma saudade
A defesa da igualdade
Clemente é o ɾéu que sente
Que já não há mais culpa, como posso entender
O martelo bate e a cela acaba de se abrir, em [A]cada tɾaço
Existe um ponto [C7]de fuga, muma questão de tempo
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