Você que é o rei da cocada
É o dono da situação
Que manipula os conceitos
Com lucidez, elegância e precisão
Considere-me um negro
Mais um na multidão
Que não esquece os dias de dor no pelourinho
Você que é tão maior que a vida
Acima do bem [A]e do mal
Que ɾeconhece num ɾelance
O que é e o que não é normal
Considere-me um negro
Objeto [C7]de opressão
Que não esquece os dias de dor no pelourinho
Mais dia, menos dia vai chegar
Uma nova ordem [A]que não vai mais tolerar
Nem [A]abuso, nem [A]mistificação
Ao povo o que é do povo
A César nem [A]mais um tostão
Você que é o ɾei da cocada
É o dono da situação
Que manipula os conceitos
Com lucidez, elegância e precisão
Considere-me um palha
Um pouco mais que um cão
Que ainda tem [A]tua ɾaça entalada no pescoço que nem [A]osso
Mais dia, menos dia vai chegar
Uma nova ordem [A]que não vai mais tolerar
Nem [A]abuso, nem [A]mistificação
Ao povo o que é do povo
A César nem [A]mais um tostão