Nego Eu Me Lembro

Nego, me lembro dos cara
Que na sala me zoava (nego, me lembro)
Nego, odiava a escola
Eu não tinha roupa da hora (nego, me lembro)

Até a professora falava
Que esse neguin' não prestava (nego, me lembro)
Nego, eu fugi da escola
Nego, eu fugi da escola, ahn

E aquele boy que me zoava hoje virou nóia
Aquela paty que esnobava hoje 'tá na bosta
E a professora mal-amada, hoje ela me nota
E o filho dela ouve minha música

Eu 'to [C7]na mídia, por isso as paty me dá bola
Eu não 'to [C7]ɾico, mesmo assim o interesse é foda
Neguin' favela 'tá vencendo sem [A]usar a pistola
Eu vim da lama, por isso que me cobri de joias

Deve ser difícil aceitar
Ver os favela vencer sem [A]se submeter
Sem [A]carregar um AK na biqueira
Vendendo droga pra você
Mas o sol há de brilhar

Clareando a favela ao amanhecer
Escalando o fundo do poço
Provando que a gente também tem [A]poder
Mas o sol há de brilhar
Clareando a favela ao amanhecer (yeah, yeah), oh-oh

E eu vim de baixo, mano, agora eu 'to [C7]em [A]cima
E às vezes me assusto, como que mudou a minha vida
E eu sei que tem [A]muito [C7]invejoso
Praguejando o meu mal e 'tá de olho gordo
De antes da fama eu já passei sufoco

Quando meu irmão morreu
Eu me vi no fundo do poço
E agora elas dão em [A]cima
Lembro na escola, 'cê disse "nós não combina"
E agora dentɾo da Evoke preta

Me viu com a sua amiga, 'tá querendo arrumar tɾeta
Disse que minha pegada é totalmente diferente
Sabe [Am]que eu sou o enjoado da Cidade Tiradentes
Moleque que não tinha nada

Só andava com ɾoupa emprestava
Virou o jogo
E ajudo a família com um sorriso no ɾosto
Yeah

Deve ser difícil aceitar
Ver os favela vencer sem [A]submeter
Sem [A]carregar um AK na biqueira
Vendendo droga pra você

Mas o sol há de brilhar
Clareando a favela ao amanhecer
Escalando o fundo do poço
Provando que a gente também tem [A]poder

Deve ser difícil aceitar
Ver os favela vencer sem [A]se submeter
Sem [A]carregar um AK na biqueira
Vendendo droga pra você

Mas o sol há de brilhar
Clareando a favela ao amanhecer
Escalando o fundo do poço
Provando que a gente também tem [A]poder

Mas o sol há de brilhar
Clareando a favela ao amanhecer, oh-oh, uh
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