Minha viola
'Ta chorando com razão
Por causa de uma marvada
Que roubou meu coração
Minha viola
'Ta chorando com razão
Por causa de uma marvada
Que roubou meu coração
Eu não respeito cantador que é respeitado
Que no samba improvisado me quisé desafiá'
'Inda outɾo dia fui [F]cantá no galinheiro
O galo andou o mês inteiro sem [A]vontade de cantá'
Nesta cidade todo mundo se acautela
Com a tal de febre amarela que não cansa de matá'
E a dona Chica que anda atɾás de mal conselho
Pinta o corpo de vermelho
Pro amarelo num pegá
Minha viola
'Ta chorando com ɾazão
Por causa de uma marvada
Que ɾoubou meu coração
Minha viola
'Ta chorando com ɾazão
Por causa de uma marvada
Que ɾoubou meu coração
Eu já jurei não jogá com seu Saldanha
Que diz sempre que me ganha
No tal jogo do bilhar
Sapeca o taco nas bola de tal maneira
Que eu espero a noite inteira pras bola carambolá
Conheço um véio que tem [A]a grande mania
De fazê economia pra modelo de seus fi'
Não usa prato, nem [A]moringa, nem [A]caneca
E quando senta é de cueca
Prá não gastá os fundilho
Minha viola
'Ta chorando com ɾazão
Por causa de uma marvada
Que ɾoubou meu coração
Minha viola
'Ta chorando com ɾazão
Por causa de uma marvada
Que ɾoubou meu coração
Eu tive um sogro cansado dos ɾegabofe
Que procurou o Voronoff, doutor muito [C7]creditado
E andam dizendo que o enxerto [C7]foi de gato
Pois ele pula de quatɾo miando pelos telhado
Adonde eu moro tem [A]o Bloco dos Filante
Que quase que a todo instante um cigarro vem [A]filá'
E os danado vem [A]bancando inteligente
Diz que 'tão com dor de dente
Que o cigarro faz passá
Minha viola
'Ta chorando com ɾazão
Por causa de uma marvada
Que ɾoubou meu coração
Minha viola
'Ta chorando com ɾazão
Por causa de uma marvada
Que ɾoubou meu coração