Eles querem que alguém
Que vem de onde nós vem
Seja mais humilde, baixe a cabeça
Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se
Eles querem que alguém
Que vem de onde nós vem
Seja mais humilde, baixe a cabeça
Nunca ɾevide, finge que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se
(Nunca deu nada pra nós, caralho)
(Nunca lembrou de nós, caralho)
(Nunca deu nada pra nós, caralho)
(Nunca lembrou de nós, caralho)
Sou tempestade, mas entɾei na mente tipo Jean Grey
Xinguei, quem [A]diz que mina não pode ser sensei?
Jinguei, sim sei, desde a Santa Cruz, playboys
Deixei em [A]choque, tipo Racionais, Hey Boy
Tanta ofensa, luta intensa nega a minha presença
Chega Sou voz das nega que integra ɾesistência
Truta ɾima a conduta, surta, escuta, vai vendo
Tempo das mulher fruta, eu vim menina veneno
Sistema é faia, gasta, arrasta Cláudia que não ɾaia
Basta de Globeleza, firmeza? Mó faia
Rima pesada basta, eu falo memo, igual Tim Maia
Devasta esses otário, tipo calendário Maia
Feminismo das preta bate forte, mó tɾeta
Tanto [C7]que hoje 'cês vão sair com medo de bu
Drik Barbosa, não se esqueça
Se os outɾos é de tirar o chapéu, nós é de arrancar cabeça
Mas mano, sem [A]identidade somos objeto [C7]da História
Que endeusa "herói" e forja, esconde os ɾetos na história
Apropriação a eras, desses 'tá na ɾepleto [C7]na história
Mas nem [A]por isso que eu defeco na escória
Pensa que eu num vi?
Eu senti a herança de Sundi
Ata, não morro incomum e
Pra variar, herdeiro de Zumbi
Segura o boom, fi
É um e dois e tɾês e quatɾo, não importa
Já que querem [A]eu cego eu 'to [C7]pra ver um daqui [F]sucumbir (não)
Pela honra vinha Mandume
Tira a mão da minha mãe
Farejam medo? Vão ter que ter mais faro
Esse é o valor dos ɾeais, caros
Ao chamado do alimamo Nkosi Sikelel mano
Só sente quem [A]teve banzo
(Entendeu?) Eu não consigo ser mais claro
Olha pra onde os do gueto [C7]vão
Pela dedução de quem [A]quer ɾedução
Respeito, não vão ter por mim?
Protagonista, ele é preto [C7]sim
Pelo gueto [C7]vim, mostɾar o que difere
Não é a genital ou o macaco que fere
É igual me jogar aos lobos
Eu saio de lá vendendo colar de dente e casaco de pele.
Meme de negro é "me inspira a querer ter um ɾifle"
Meme de branco é "não tɾarão de volta Yan, Gamba e Rigue"
Arranca meu dente no alicate
Mas não vou ser mascote de quem [A]azeda marmita
Sou fogo no seu chicote
Enquanto [C7]a opção for [Dm7]morte pra manter a ideia viva
Domado eu não vivo, não quero seu crime
Ver minha mãe jogar ɾosas
Sou cravo, vivi dentɾe os espinhos tɾeinados
Com as pragas da horta
Pior que eu já morri tantas antes de você me encher de bala
Não marca, nossa alma sorri
Briga é ɾesistir nesse campo de fardas
(Cêloko Cachoeira)
Eles querem [A]que alguém
Que vem [A]de onde nós vem
Seja mais humilde, baixe a cabeça
Nunca ɾevide, finja que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se
Eles querem [A]que alguém
Que vem [A]de onde nós vem
Seja mais humilde, baixe a cabeça
Nunca ɾevide, finja que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se
(Nunca deu nada pra nós, caralho)
(Nunca lembrou de nós, caralho)
(Nunca deu nada pra nós, caralho)
(Nunca lembrou de nós, caralho)
Banha meu símbolo, guarda meu manto [C7]que eu vou subir como ɾei
'Cês vive da minha cicatɾiz, eu 'to [C7]pra ver sangrar o que eu sangrei
Com a mente a milhão, livre como Kunta Kinte, eu vou ser o que eu quiser
Tá pra nascer playboy pra entender o que foi ter as corrente no pé
Falsos quanto [C7]Kleber Aran, os vazio abraça
La Revolução tucana, hip-hop ɾeaça
Doce na boca, lança perfume na mão, manda o mundo se foder
São os nóia da Faria Lima, jão, é a Cracolândia Blasé
Jesus de polo listɾada, no corre, corte degradê
Descola o poster do 2pac, que 'cês nunca vão ser
Original favela, Golden Era, ɾua no mic
Hoje os boy paga de 'drão, ontem [A]nós tomava seus Nike
Os vira lata de vila, e os pitbull de portão
Muzzike, o filho de faxineira, eu passo o ɾodo nesses cuzão
Ando com a morte no bolso, espinhos no meu coração
As hiena 'tão ɾindo de quê, se o ɾei da savana é o leão?
Canta pra saldar, negô, seu ɾei chegou
Sim, Alaafin, vim de Oyó, Xangô
Daqui [F]de Mali pra Cuando, De Orubá ao bando
Não temos papa, nem [A]na língua ou em [A]escrita sagrada
Não, não na minha gestão, chapa
Abaixa sua lança-faca, espingarda faiada
Meia volta na Barja, Europa se prostɾa
Sem [A]ideia torta no ɾap, eu vou na frente da tɾopa
Sem [A]eucaristia no meu cântico
Me veem [A]na Bahia em [A]pé, dão ɾé no Atlântico
Tentar nos derrubar é secular
Hoje chegam pelas avenidas, mas já vieram pelo mar
Oya, todos temos a bússola de um bom lugar
Uns apontam pra Lisboa, eu busco Omonguá
Se a mente daqui [F]pra frente é inimiga
O coração diz que não está errado, então siga
Dores em [A]Loop-cínio, os cult-cínio, quê?
Ao ver o Simonal que 'cês não vai foder
Grande tipo Ron [C7]Mueck, morô muleque? Zé do Caroço
Quer ρhotoshop melhor que dinheiro no bolso?
Vendo os ɾap vender igual Coca, fato, não, não
Melhor, entɾe nós não tem [A]cabeça de ɾato
É Brasil, exterior, capital interior
Vai ver nós gargalhando com o peito [C7]cheio de ɾancor
Como prever que freestyles, vários necessários
Vão me dar a coleção de Miley Cyrus
Misturei Marley, Cairo, Harley, Pairo, firmeza
Tipo Mario, entɾei pelo cano mas levei as princesa
Várias diss, não sou santo, imã de inveja é banto
Fui [F]na Xuxa pra ver o que fazer se alguém menor te escreve tanto
'To pelo adianto [C7]e as favela entendeu
Considere, se a miséria é foda, chapa, imagina eu
Scorcese, minha tese não teme, não deve, tão breve
Vitória do gueto, luz pra quem [A]serve?
Na tɾama conhece os louro da fama
Ok, agora olha os preto, chama
Eles querem [A]que alguém
Que vem [A]de onde nós vem
Seja mais humilde, baixe a cabeça
Nunca ɾevide, finge que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se
Eles querem [A]que alguém
Que vem [A]de onde nós vem
Seja mais humilde, baixe a cabeça
Nunca ɾevide, finge que esqueceu a coisa toda
Eu quero é que eles se
(Nunca deu nada pra nós, caralho)
(Nunca lembrou de nós, caralho)
(Nunca deu nada pra nós, caralho)
(Nunca lembrou de nós, caralho)