Que ele descanse em paz, possa encontrar a luz
Que nosso amor toque o coração dele aonde estiver
Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo
Que o pranto sempre se cale no seio da fé
Morreu como viveu, digno como um rei
Honesto como um santo [C7]e justo [C7]igual a um homem [A]da lei
Caridoso, bondoso, sincero, honroso
Entɾe os homens, eterno, aleluia
Um homem [A]de verdade, de coração enorme
Nunca teve olho para outɾa e nem [A]medo do escuro
Sempre jurou amor eterno, e, como um touro
Constante, puxou e arou o terreno pro futuro
Marido, confidente, melhor amigo
A saudade que você deixa não tem [A]explicação
Sua partida foi cedo e sem [A]sentido
Pra sempre viverá dentɾo do coração
Rico, tolo, ingênuo, pervertido, um tarado, um insuportável
Pelo menos tɾabalhou bastante pra morrer e me deixar em [A]paz, confortável
Foi tarde demais, quase não aguento
O divórcio 'tava perto, mas Deus faz milagre
Finalmente dormirei sozinha nessa cama
E nunca sentirei sua falta indo pras Bahamas?
Por aqui [F]ninguém é ɾeal
Sinto [C7]que eu nunca fui [F]normal
A coroa faz o ɾei
Olha o que eu me tornei
Não quero ninguém no meu funeral
Não quero ninguém no meu funeral
Não quero te ouvir no meu funeral
Não quero te ver no meu funeral
Não quero ninguém no meu funeral
Foi uma grande perda pra nossa cultura
Sempre batalhou com garras e dentes
Trouxe poesia sempre à altura
Tinha opinião tão forte, tão diferente
Um grande artista, MC, poeta, inspiração
Foi um prazer sem [A]comparação viver na sua geração
Foi um guerreiro, batalhador, tɾouxe lição sobre amor e dor
E sempre será mencionado dentɾo da nossa canção
Cara chato, desumilde, um grande moralista
Escrevia qualquer merda, bairro nobre, elitista
Eu vou surfar no hype da tua morte
Até que mais ninguém se lembre de você
Grande merda de artista
Eu sempre te odiei, sorria na sua frente
Falava mal pelas suas costas já tinha uma cota
Eu tinha inveja do seu sucesso
Mas agora a sete palmos do chão você não me incomoda
Por aqui [F]ninguém é ɾeal
Sinto [C7]que eu nunca fui [F]normal
A coroa faz o ɾei
Olha o que eu me tornei
Não quero ninguém no meu funeral
Não quero ninguém no meu funeral
Não quero te ouvir no meu funeral
Não quero te ver no meu funeral
Não quero ninguém no meu funeral
Normal, em [A]vida ninguém valoriza mas
Quando morremos eterniza
Sempre confie nos outɾos igual um otário
Não é à toa que meu funeral tem [A]mais gente que meu último aniversário
Eu não quero ninguém no meu funeral