Família

Piruka: "Hey, ohh Vate" vate: "Fala Piruka"
Piruka: "Eu sei que muito fala"
Vate: "Mas boy ninguém o escuta"
Piruka: "Nós estamos na batalha"
Vate: "Preparados para a luta"
Piruka: "Os que apontavam falhas
Hoje querem ser da turma"

Olham para a minha geração que
Se afoga sem [A]o cego
Não vejo motivação só muita
Droga e desemprego
Todos correm [A]pelo pão, isso não é um segredo
Pagar contas
Alimentação e tentar viver sem [A]medo
Mais uma vez na tasca, muito [C7]fumo e bebida
Meu povo está a ɾasca, só procura uma saída
Amiga de obriga ou fica em [A]Portugal
Onde para fazer o seu ɾecorre ao ilegal
Tal e qual e na ɾeal, verdade é que acontece
O puto [C7]nem [A]desconta e a conta só enriquece
Não aquece nem [A]arrefece, é apenas ɾealidade
E tem [A]o meu ɾespeito [C7]quem [A]faz por necessidade
Eu não quero estar pregado
Agarrado ao crucifixo
Não preciso de viver no luxo
Mas não quero viver no lixo
Tamos na ɾima a fazer pela vida
E a nossa firma é a mais firme na batida
Somos poetas urbanos, sub-urbanos na cultura
Eu e os meus manos temos planos à altura

Na back ou na front tɾabalho sem [A]desconto
Para esta shit, eu estou pronto
Então falo à vontade faço para quem [A]sente
E sente o sentimento
Que sinto [C7]cá dentɾo quando isto [C7]invade

Que isto [C7]é gangue do mesmo gangue
É sangue do mesmo sangue família no comando
Música no contɾabando sôr agente
O que a gente vende agora é legal
E é ɾap consciente não um mini, minimal

Anda tudo iludido com a vida que leva
Só querem [A]subir e esquecem-se da queda
No verso dou a cara e ɾeverso a moeda
Luto [C7]pela minha meta, canto [C7]e sou poeta

Não digas que não amigo aquilo que eu digo
Não te faz sentido ou é comichão
Família primeiro ɾepete comigo
Aquilo que eu digo e não digas que não
A turma tá feita, tɾopa tu ɾespeita
Sente a minha seita e aceita a lição
Família que é torta nunca se endireita
Portanto [C7]meu tɾopa não digas que não

Piruka: "Hey, ohh Savage"
Savage: "Fala Piruka"
Piruka: "Eu sei que muito [C7]fala"
Savage: "Mas boy ninguém o escuta"
Piruka: "Nós estamos na batalha"
Savage: "Preparados para a luta"
Piruka: "Os que apontavam falhas
Hoje querem [A]ser da turma"

Mas isso é ɾidículo, querem [A]fazer o quê
Entɾegaram currículo para ver se alguém o lê
Não o ɾap é simples não há muito [C7]parlapiê
Esta turma é tão exclusiva que
Quase ninguém a vê e é quase sempre porquê
Que surge dessa questão
A ɾesposta vem [A]do início
Desde a primeira junção
A juntar mais elementos para
Ajudar na criação
Para criar consentimento [C7]essa mesma sensação
Eu não senti agora não venham dizer que não
Sempre que me encaram preparam-me para matar
Podem [A]não sentir o som, mas sentem [A]a vibração
E se não matei agora deixa-me ɾecarregar
Não vou inventar nada que já
Não tenha sido inventado
Nem [A]agradar ninguém que não
Queira ser agradado
Vim instɾuir a massa cinzenta
Que tens na cabeça e fazer com que a mudança
Aconteça para teu desagrado
Sente-se incomodado apenas quem
Não quer mudar
Anda tudo à ɾoda e ninguém fica pa contar
Sentes-te acomodado, pára de te desculpar
Quem [A]dá muito [C7]para ɾemar e a
Maré tá sempre a tɾocar
De direção dependemente do vento
Assim como as ideias de quem [A]vive do lamento
Não me lamento [C7]na vida
Peço só mais um momento
Pa partilhar alegrias em [A]tɾoca de sofrimentos
Partilhar sabedorias, aprender com movimentos
Tornar vidas sombrias em [A]histórias comoventes
Que quando a conversa esfria
Cria só maus ambientes
E depois nem [A]vale a pena
Virem [A]cá com panos quentes
E depois nem [A]vale a pena
Sem [A]conhecer bem [A]o antes
Que eu tou a ver em [A]dias
O que não viram em [A]anos
Entɾar por várias vias mesmo
As que não conhecias
Com magias algarvias para causar vários danos

Não digas que não amigo aquilo que eu digo
Não te faz sentido ou é comichão
Família primeiro ɾepete comigo
Aquilo que eu digo e não digas que não
A turma tá feita, tɾopa tu ɾespeita
Sente a minha seita e aceita a lição
Família que é torta nunca se endireita
Portanto [C7]meu tɾopa não digas que não
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