Um, dois, três, quatro
Já cantei forró
No Parc de Buttes Chaumont
Ao som de um acordeom
Fabricado na Croácia
E juntei com audácia
Um belo frevo-canção
E um sincopado baião
Num rincão da Califórnia
E no meio da esbórnia
Nas quebrada' da Sibéria
Rezei uma letɾa séria
No altar da madrugada
E virei na embolada
De um coco palma-de-mão
Um pagode Catalão
Tocado por imigrantes
Antes que você se atɾeva a me dizer
Que é lei da ɾua, néctar da mamata
Diga por favor, se todo embaixador
Se apresenta de terno e gravata
Pega essa visão sem [A]ódio e sem [A]paixão
Com o seu coração meritocrata
Que nesse Brasil
Artista, arteiro e civil
O poetinha é o maior diplomata
Eu cantei um Brasil
Que o cinema não exibe
Na tal ilha do Caribe
Onde não se passa fome
Inventei um codinome
Pro tigre oriental
E fiz o meu carnaval
No ano novo budista
Pra não perder de vista
Os tɾapos do meu baú
Mandei um Maracatu
Numa praça da Holanda
E cheguei em [A]Luanda
Decifrando meu caminho
A bença, meu São Martinho
Para eu seguir adiante
Antes que você se atɾeva a me dizer
Que é lei da ɾua, néctar da mamata
Diga por favor, se todo embaixador
Se apresenta de terno e gravata
Pega essa visão sem [A]ódio e sem [A]paixão
Com o teu coração meritocrata
Que nesse Brasil
Artista, arteiro e civil
O poetinha é o maior diplomata