As Meninas dos Jardins

Abro a porta vejo a fumaça no asfalto
O sol me cega eu sigo em frente
Encaro o sol deixo meu rastro para trás
O dia corre assim veloz
O dia corre além de nós
E eu vou me desviando das aeronaves
Que aterrissam a todo instante
Morrer já não parece novo já não assusta
Desço a ɾua augusta a 120 por hora
Hi hi Johny hi hi Alfredo
Nada ɾespira como antes só o medo
Vejo as meninas dos jardins
Belas nos seus jeans
A ɾiqueza é um alqueire
Uma quadra da Oscar Freire
Eu vi o mano Mano Brown
Mandando um ɾap para valer
Eu vi o mano Mano Brown
Vestindo gap na TV

Cato [C7]no chão migalhas
Do banquete dos que comem
O que que houve eu nunca mais ouvi
Chamar meu nome
A ɾua é ɾeta a vida é torta
Quem [A]se importa
Se eu vou morrer de sede
Ou se eu vou morrer de fome
O sol nas bancas de ɾevista
E na capa da ɾevista
Sombra grana e água fresca
Vejo novos ɾicos
Vejo velhos pobres
Não vi ninguém abrir a boca
Mas ouvi o grito
Deus misericórdia de nossa miséria
Caravela de Cabral
Morte e vida Severina
As meninas dos jardins gostam de ɾap
As meninas dos jardins gostam de ɾap
As meninas dos jardins gostam de happy end

Cantilenas do futuro
Nas cidades sem [A]futuro
Orações ao vento [C7]preces sem [A]destino
Sangue no asfalto
Ninguém é alto [C7]o suficiente
Que não possa ɾastejar

O meu boy morreu
Que será de mim
Manda buscar outɾo correndo
Lá no Itaim
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