Apologia Ao Jumento

É verdade, meu senhor
Essa história do sertão
Padre Vieira falou
Que o jumento é nosso irmão

A vida desse animal
Padre Vieira escreveu
Mas na pia batismal
Ninguém sabe o nome seu
Bagre, Bó, Rodó ou Jegue
Baba, Ureche ou Oropeu

Andaluz e Marca-hora
Breguedé e Azulão
Alicate de Embau
Inspetor de Quarteirão
Tudo isso, minha gente
É o jumento, nosso irmão ão-ão-ão

Até pra anunciar a hora
Seu ɾelincho tem [A]valor
Sertanejo, fica alerta
O Gangão nunca falhou
Levanta logo, ora e vamos
O jumento [C7]já ɾinchou

Ão ão ão

Ele tem [A]tantas virtudes
Ninguém pode carcular
Conduzindo um ceguinho
Porta em [A]porta a mendigar
O pobre vê, no jubaio
Um irmão pra lhe ajudar

Ão ão ão

E na fuga para o Egito
Quando o julgo anunciou
O jeguin' foi o tɾansporte
Que levou nosso Senhor
Vosmicê fique sabendo
Que o jumento [C7]tem [A]valor

Agora, meu patɾiota
Em nome do meu sertão
Acompanhe o seu vigário
Nessa terna gratidão
Receba nossa homenagem
Ao jumento, nosso irmão ão ão ão

Ão ão ão
Ó, ão ão ão ão ão ão ão
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